“Somos feitos de silêncio e sons...”
Lulu Santos
Ao pensar nesse tema, o que primeiro veio a minha cabeça foi o trecho da música acima. Sim! Realmente somos feitos de silêncio e de sons se pensarmos o corpo humano como um instrumento musical, o qual produz e responde aos estímulos sonoros.
Portanto, antes mesmo de falarmos em música devemos nos ater ao som, ou melhor, à vibração que ele emite. É através dessa vibração que temos o primeiro contato com o mundo exterior. Ele é fundamental para a estruturação do indivíduo.
Ao nascer a criança não entende o sentido das palavras, mas é sensível ao som que elas emitem e à sua entonação. Assim, é importante palavras de carinho que embalam e denotam sensação de proteção à criança. É fato que um ambiente hostil com som alto e muitos ruídos são altamente agressivos ao bebê.
O som e, por associação, a música produzem marcas ao longo da vida de um indivíduo e influenciam o modo com que vemos as coisas. É por isso que certas músicas nos deixam felizes e outras tristes, pois nos remetem a lembranças do passado.
A música, como disse, também influencia a imagem, essa se torna mais clara se nos remetermos às propagandas, novelas ou filmes que utilizam desse artifício de modo a imprimir impressões no telespectador sobre uma determinada cena. Faça essa experiência em casa, ao assistir um filme de suspense ou terror em uma cena com música, tire o volume da televisão e veja qual foi a impressão que ela lhe causou. Provavelmente não a verá com o mesmo impacto.
Portanto, a música nos evoca impressões, inclusive corporais, que nos permite reviver sensações de nossa primeira infância. Lá, aonde o som era o único canal de comunicação com o mundo externo. Lá, aonde somos feitos a partir de silêncio e sons.
domingo, 6 de junho de 2010
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