domingo, 21 de março de 2010

Depressão, Tristeza e Luto

Vivemos numa época em que existe uma dificuldade grande em lidar com a tristeza, o que gera uma confusão quanto a tal sentimento, por vezes, tratado como depressão.

Veja, é como se o “estar triste” não fosse natural e necessário para o nosso desenvolvimento, assim como a felicidade. Podemos, sim, ficar tristes nas mais adversas situações, das quais a vida nos apresenta como, por exemplo, um desentendimento, um problema com o colega, uma discussão no trânsito, entre outros.

Já o estado de luto, embora seja uma vivência da tristeza em um grau mais profundo, também é natural e, igualmente, necessário em certas ocasiões. Mas por que necessário? O que significa o luto? Bom, o luto é quando alguém passa pela experiência de perda, por exemplo, de uma pessoa querida e, tal momento é sentido como muito sofrimento. Digo ser necessária a vivência desse estado, por ser um período em que a perda é, de fato, sentida, o que é de grande importância porque assim é possível elaborar e atravessar essa fase.

Assim sendo, devemos estar em alerta para os casos em que há uma incoerência entre o fato e o sentimento despertado. Um luto não vivido em razão de uma perda, pode trazer conseqüências devastadoras como uma depressão posterior.

Na depressão, a incoerência entre um fato e sua reação também se apresenta. Contudo, nesse quadro, qualquer situação corriqueira pode levar a uma profunda tristeza. Também é um sinal de depressão quando um estado de luto diante de uma perda estende-se por mais tempo que um período de aproximadamente, seis meses.

Diante de um quadro de depressão, toda a vida do indivíduo é afetada, suas relações familiares, de amizade; há um isolamento social, perda da vontade, dificuldade de executar atividades diárias. Portanto, também afeta seu desempenho profissional.

Veja alguns sintomas psíquicos e físicos da depressão:

-- Sintomas Psíquicos:

-Sentir-se deprimido;
-Interesse diminuído, perda de prazer para realizar atividades rotineiras;
-Sensação de inutilidade;
-Dificuldade em concentrar-se;
-Insônia ou sono excessivo;
-Idéias recorrentes de morte ou suicídio.

--Sintomas físicos:

-Dor de cabeça;
-Fadiga;
-Constipação intestinal (prisão de ventre) ou diarréia;
-Perda ou ganho excessivo de peso;
-Sensação de opressão no peito;
-Dificuldade de respirar, sensação de falta de ar;

Para aqueles que conhecem alguém próximo com tais sinais, o melhor a fazer é ouvir sem a intenção de exigir mudanças do outro. A compreensão do quadro é a melhor forma de aproximar-se e aconselhá-lo a procurar ajuda de um profissional especializado.